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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Os Craques do Outro Lado - Chile

O Brasil começa o mata-mata enfrentando a boa equipe do Chile, co-responsável pela eliminação precoce da Espanha. Os destaques do time são Arturo Vidal, da Juventus e Alexis Sanchez, do Barcelona. Além disso, a dupla Gre-Nal Eduardo Vargas e Aranguiz também tem papel importante no time.

Arturo Vidal

Começou a carreira no Colo-Colo, e depois seguiu para o Bayer Leverkusen. Lá, se destacou e atraiu a atenção de grandes times da Europa, como o Bayern de Munique. Acabou por se transferir para a Juventus no verão de 2011. Lá, ele se juntou a um meio campo composto por Pirlo, Marchisio e Pogba, que, desde a sua chegada, foi tricampeão italiano.

Se o grande astro da equipe de Turim é Andrea Pirlo, o regista do time, muito se deve a presença de Vidal na equipe. Apesar de ter começado como um volante e Pirlo ser um criador, é o chileno que joga mais avançado, com Pirlo imediatamente a frente do trio de zagueiros. Nessa estrutura pouco ortodoxa para os padrões brasileiros atuais, cabe a Vidal ter a energia que Pirlo já não tem. O chileno lidera a pressão nos meias adversários, quebrando o ritmo de passe do oponente, e junto com o francês Pogba, forma uma linha que protege Pirlo.

Mas engana que pensa que o chileno é apenas um corredor. Ele também tem ótimo aproveitamento na na fase ofensiva. Nos três anos na Juventus, ele já marcou 38 gols - 18 na última temporada - e deu 18 assistências. É comum ver ele tabelando com o centroavante e chegando na área de surpresa para finalizar. Com isso, ele é hoje considerado por alguns o meio-campista mais completo. Tem pulmões de aço, marca forte, tem bom passe e chegada na área. Também tem ótimo aproveitamento em cobranças de pênalti.

Na seleção chilena, ele está jogando logo atrás de Sanchez e Vargas, as vezes como o camisa 10, as vezes como um terceiro homem do meio. Sua versatilidade permite isso. Chegou à Copa lesionado, tendo sido poupado no jogo contra a Holanda, que o Chile perdeu. Assim, deve chegar em melhor forma para o jogo contra o Brasil.

Alexis Sanchez

No clube, Sanchez é um coadjuvante de luxo. Claro, em um time que tem Neymar e Messi em sua linha de frente, todos viram coadjuvantes. Ainda assim, Sanchez é ótimo jogador, e importantissímo no ataque do Chile, onde forma dupla com Vargas. Se destacou na Europa jogando na Udinese - todos os quatro jogadores destacados nesse post tem passagem pela Itália.

A Udinese, assim como a Juventus de Vidal e o Chile, joga com três zagueiros, algo que é incomum na Europa e que nessa Copa do Mundo está se vendo bastante. Nessa formação, os alas avançam muito provendo a amplitude, e o papel de Sanchez é o de um segundo atacante, e não propriamente um ponta, que flutua entre zagueiro e lateral, usando a velocidade e o drible, seus pontos fortes, para explorar os canais que podem ser deixados quando o lateral adversário sobe ou é atraído para a marcação do ala oposto.

No Barcelona, ele joga mais como um ponta, revezando com Pedro, Neymar, Villa e outros jovens a companhia de Messi ao longo desse tempo. No time espanhol, fica mais evidente sua velocidade e o aproveitamento do espaço para se deslocar da ponta para o meio, entrando em diagonal para receber enfiadas de bola.


No time do Chile, ele é o atacante pela direita, e Vargas pela esquerda. Na fase ofensiva, ele é a flecha do time, as vezes recebendo em condições de finalizar, mas muitas vezes avançando com a bola em velocidade para cima do zagueiro adversário, que será David Luiz na partida de sábado. Na fase defensiva, Sampaoli faz os dois atacantes recuarem pelas pontas e marcarem os laterais. Assim, ele támbem deve ter o trabalho de evitar o avanço de Marcelo.

Eduardo Vargas

Vargas é conhecido da torcida brasileira. Jogou em 2013 pelo Grêmio, ao lado de Elano, Zé Roberto e Barcos. Passou pelo Napoli antes do time brasileiro e hoje está no Valencia. Antes disso, jogou no time da Universidad de Chile que foi campeão da Sul-Americana de 2011 derrotando Flamengo e Vasco no caminho, com Sampaoli como técnico, e ao lado de vários companheiros do time atual do Chile, como Mena, Aranguiz, Diaz e Marco Gonzalez.

É um segundo atacante no time do Chile, jogando pela esquerda. Quando joga no 4-2-3-1, normalmente é o ponta-esquerda, mas pode jogar dos dois lados.  Parecido com Alexis, também tem velocidade e drible como ponto forte, mas é menos técnico e mais direto que o companheiro. No jogo contra a Espanha, mostrou frieza na frente do gol ao driblar Casillas antes de bater pro gol.

Aránguiz

Outro jogador chileno que conhece bem Porto Alegre. Joga no Internacional, emprestado pela Udinese. Em 7 rodadas de campeonato brasileiro, já tem 2 gols. É um jogador de chegada na área, que é comumente definido como um segundo volante, mas que fica muito confortável em posições mais avançadas. Também tem muita energia para pressionar a saída de bola adversária, grande característica dessa equipe chilena. Marcou individualmente Xabi Alonso contra a Espanha, forçando o jogador atual campeão da Liga dos Campeões a um dos piores jogos da sua carreira. Ele deu a assistência para o primeiro gol, em linda jogada coletiva envolvendo os quatro jogadores aqui destacados, e  também marcou o segundo, após rebote de Casillas.


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