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sábado, 5 de julho de 2014

França 0 x 1 Alemanha - Quartas de Final - Copa do Mundo 2014

Alemanha se classificou a sua quarta semifinal seguida. Um jogo morno, em que nenhum time jogou intensamente, como era a marca dessa Copa do Mundo. Com um gol no inicio, os alemães tentaram cozinhar o jogo. Contaram também com grande atuação do goleiro Neuer, que fez grandes defesas na pressão final da França.


Lahm na lateral.
Depois de jogar o campeonato inteiro - e a última temporada - como primeiro volante, Lahm finalmente foi escalado na sua posição de origem, na qual é um dos melhores - senão o melhor - do mundo. Foi a principal válvula de escape do time, terminando o jogo com o maior número de passes entre os jogadores. Foram 66 corretos, segundo a FIFA. Do outro lado, o zagueiro improvisado Howedes foi bem mais cauteloso, concentrando mais na defesa. A França aproveitou as subidas de Lahm para atacar o espaço que ele deixava, veja no gráfico abaixo a concentração de passes no lado direito da defesa alemã.

França concentrou seu ataque no lado direito
 da defesa alemã, por onde joga Philip Lahm



Alemanha com a bola.
No inicio do jogo, a Alemanha tocou a bola eficientemente, aproveitando a familiaridade dos jogadores do Bayern de Munique e seu tiki-taka. Mas sofreu do mesmo problema recente dessa forma de jogo: a falta de eficiência na frente. A França passou o inicio do jogo assistindo esse toque de bola. Mas quando teve a oportunidade, Benzema conseguiu bom chute após combinação no lado esquerdo do ataque, o mesmo setor de Lahm. Logo em seguida, com 12 minutos, chegou ao seu gol em bola parada de Kroos para Hummels. Em seguida, continuou tocando a bola, e se sujeitando a bons ataques.

Acima - Passes da Alemanha no primeiro tempo. 219 certos
Abaixo - Passes da França no primeiro tempo. 139 certos.

Schweinsteiger
O maestro alemão foi o segundo maior passador da Alemanha, atrás de Lahm. Teve 49 passes certos. Ele joga na posição de primeiro volante, mas, ao contrário do que essa posição significa no Brasil, ele teve a responsabilidade de manter a posse de bola gerenciando o toque de bola no centro do campo. Com Matuidi e Pogba mais concentrados em Khedira e Kroos, ele teve mais liberdade para dominar o meio, o que não acontece quando é pressionado, com na final da Liga dos Campeões 2012/13. Apesar de não ter criado muitas oportunidades, ele toca curto e alivia a pressão adversária inteligentemente. O


Linha alta
Nesse primeiro tempo, a Alemanha diminui o espaço da França usando uma linha de defesa alta, evitando que o meio-campo da França tenha espaço para tocar a bola e criar chances. É essa característica, também, que faz com que o goleiro Neuer muitas vezes tenha de trabalhar como líbero - mais notável no jogo contra a Argélia. Com isso, a França tentou usar lançamentos longos para ultrapassar a pressão alemã. Entretanto, faltou velocidade aos seus jogadores de ponta para aproveitar melhor esses lances. Ainda assim, a melhor chance da França no primeiro tempo, em chute de Valbuena, veio com um lançamento longo para Griezmann por cima da defesa alemã.

França tentou muitos lançamentos longos,
mas faltou velocidade aos jogadores para receber essas bolas.



França demora a pressionar
Tendo criado mais chances que a Alemanha no primeiro tempo, mesmo sem a bola, Deschamps decidiu manter o padrão de jogo no segundo tempo. Só fez mudança tática aos 28 minutos do segundo tempo, quando tirou o primeiro volante Cabaye e colocou Remy. A França passou a jogar no 4-2-1-3, Valbuena como camisa 10 e Remy na esquerda. A Alemanha recuou suas linhas para não dar espaço a velocidade francesa e colocou Schürrle no lugar de Klose, jogando no contra-ataque. França ainda criou boas chances, terminando o jogo com 13 chutes a gol contra 9 da Alemanha, e forçando Neuer a uma atuação de melhor da partida. A sua defesa em chute de Benzema no segundo tempo foi monumental.







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