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terça-feira, 15 de julho de 2014

Holanda 0 x 0 Argentina

A primeira semifinal sem gols da história da Copa do Mundo resultou na Argentina indo para a final. Os dois craques de cada time não encontraram espaço para jogar. Van Gaal não conseguiu repetir a substituição crucial das quartas de final e o goleiro Cilessen mostrou que realmente não é confiável nos pênaltis.



Um jogo da Copa de 90
Dois times que jogam para seu craque. Passam a maior parte do tempo defendendo e procurando um momento de brilhantismo de seu craque. Robben e Messi foram até esse jogo os jogadores com maior capacidade de desequilibrar um jogo e definir o resultado. Por isso, muito da estratégia de cada time era anular o craque adversário. Tanto se concentrou nessa estratégia que ambos tiveram partida apagadíssima, e consequentemente, a produção ofensiva de ambos os times ficou comprometida. A Holanda só conseguiu um chute ao alvo na sua quinta tentativa, na marca de 100 minutos de jogo.

Argentina ataca pela direita
Organizada em um 4-4-2, os sul-americanos tinham Messi centralizado atrás de Higuain. Atrás deles, uma linha de quatro homens. Lavezzi e Perez jogavam pelos lados, invertendo de posições ao longo do jogo. Messi também optava por cair mais por aquele lado, aproveitando o espaço entre Indi e Blind. O zagueiro holandês tem a caracteristica de acompanhar de muito perto seu marcador, e a combinação argentina entre Messi e Lavezzi por aquele lado era a melhor opção ofensiva da Argentina. Lavezzi conseguiu escapar em direção a linha de fundo algumas vezes por aquele lado. Além disso, Indi levou cartão amarelo por faltas repetidas. Cartão que seria crucial para o desenrolar do jogo.

Messi no primeiro tempo: Forçou o jogo pela direita.


Holanda não consegue criar
A Holanda, que já havia demonstrado contra a Costa Rica sua dificuldade na criação contra equipes que esperam o adversário, repetiu a dose aqui. No meio-campo, Van Gaal contou com o retorno de De Jong, e seguindo sua filosofia de sufocar o adversário no meio com marcação homem-a-homem, retornou ao sistema 3-5-2. Nesse esquema, Robben flutua no ataque sempre buscando acelerar no canal entre zagueiro e lateral. Entretanto, a Argentina jogou de forma compacta lateralmente, negando esse espaço ao atacante holandês. A distribuição de passes de Sneijder, teoricamente a maior fonte de criatividade do time, mostra a dificuldade da Holanda de criar jogadas de perigo no campo adversário.

Passes de Sneijder: Dificuldade de penetrar na área da Argentina.
Tim Krul não consegue entrar
Nas quartas-de-final, o técnico Van Gaal guardou uma substituição até o 119º minuto, para poder trocar o goleiro titular Cilessen pelo terceiro goleiro Tim Krul, mais alto e que passou a Copa do Mundo treinando e estudando os pênaltis dos adversários. Contra a Argentina, Van Gaal foi forçado a substituir De Jong e Van Persie por motivos físicos - ambos eram dúvidas antes da partida. A outra substituição foi forçada pela Argentina, quando Messi conseguiu um cartão amarelo para Bruno Martins. O zagueiro holandês parecia fadado a levar o segundo e ser expulso, e por isso o técnico o substituiu por Janmaat, com Kuyt fazendo a lateral esquerda e Blind como zagueiro pela esquerda. Com as três substituições feitas, Krul não conseguiu entrar para a anunciada disputa de pênaltis. Cilessen mostrou que tem sérias deficiências nesse fundamento, falhando em defender alguma cobrança, mesmo quando a bola veio na sua direção. Com Romero defendendo duas, a Argentina se garantiu na final.
Cilessen mostrou que tem dificuldade em defender pênaltis.

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