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domingo, 12 de junho de 2016

Eurocopa - Análise dos Favoritos - Inglaterra

Assim como a França, a Inglaterra tem uma jovem geração que começa a ser protagonista em seus clubes. Todos os jogadores jogam no campeonato nacional, o que geralmente é bom sinal em torneios entre nações.


Defesa

No gol, Joe Hart é um dos melhores goleiros da atualidade. Com reflexos rápidos, é muito bom no mano-a-mano. Foi semifinalista da última Champions League com o Manchester City. Deve ser o titular absoluto e jogar o torneio inteiro. Na zaga, Cahill e Smalling formam uma boa parceria. Os dois jogam por Chelsea e Manchester United, respectivamente, o que significa que estão muito acostumados com grandes jogos. Por escolha do técnico Roy Hodgson, só há um reserva para a posição: o jovem John Stones, do Everton.

Os dois laterais titulares jogam no Tottenham e sabem apoiar muito bem Walker, pela direita e Rose, pela esquerda. O Tottenham foi terceiro colocado no campeonato inglês, tendo disputado o título até a antepenúltima rodada. Treinado pelo argentino Mauricio Pochettino, jogou um futebol ofensivo, de intensidade e movimentação, com pressão na saída de bola adversária. Assim como os dois laterais, muitos jogadores do Tottenham estão na seleção, e esse entrosamento ajudará muito. Os reservas são Clyne, do Liverpool e Bertrand, do Southampton.

Meio-campo

O principal destaque do meio-campo, para os desavisados, é a presença de Wayne Rooney. O veterano atacante, que é o maior artilheiro da história da Inglaterra, se tornou um verdadeiro meia armador. Isso permitiu dar espaço para a nova geração de atacantes da Inglaterra. Ao lado de Rooney, jogam Dele Alli e Eric Dier, dois meio-campistas do Tottenham. Dier é o primeiro volante, e Dele Alli joga mais avançado pela esquerda. No banco, temos: James Milner e Henderson, do Liverpool, dois jogadores de muita energia, Ross Barkley, do Everton, um armador mais tradicional, e Wilshere, um meio-campista muito talentoso do Arsenal, que deve ter muitas oportunidades para jogar, eventualmente sendo titular.

Ataque

No primeiro jogo contra a Rússia, Roy Hodgson optou por um trio de atacantes. Nesse esquema, jogaram Lallana pela direita, Sterling pela esquerda e Kane no comando do ataque. Com isso, Jamie Vardy, o artilheiro do campeão inglês Leicester ficou no banco. Com o empate no final, o técnico acabou muito criticado por não ter dado uma chance a Vardy. Não é dificil imaginar um 4-4-2 com Vardy e Kane na frente, inclusive porque ambos já jogaram nesse esquema. Hodgson ainda tem a opção de Sturridge, do Liverpool e do jovem Marcus Rashford, o jogador mais jovem do torneio, com 18 anos.

Estilo

Apesar do empate, a Inglaterra mostrou contra a Rússia um grande arsenal de jogadas, com tabelas e movimentação. Criou muito mais chances, pecando apenas nas finalizações. Como já foi dito, Roy Hodgson optou por um 4-3-3. No ataque, os pontas Sterling e Lallana flutuam para o meio, abrindo o corredor para os laterais. Isso acontece mais fortemente pelo lado direito, já que Lallan é mais meia que ponta, e Walker apóia bastante. Por esse lado, a saída de bola é favorecida devido ao trio do Tottenham, Walker, Dier e Dele Alli.

Com a bola, a Inglaterra foi sempre muito vertical, buscando o gol a todo instante, e não se preocupou tanto em manter a posse para evitar o contra-ataque. Em contrapartida, não buscou pressionar tanto a saída de bola da Rússia, preferindo muitas vezes recuar os pontas em um 4-5-1 a partir da linha de meio-campo, atraindo o adversário para que seus atacantes rápidos tivessem espaço para usar sua velocidade. 

Dois estilos marcaram a Inglaterra nessa temporada: A defesa firme e recuada do Leicester, com muita força no contra-ataque; e a defesa avançada, recuperando bolas no campo do ataque e martelando o adversário do Tottenham. A seleção inglesa dá sinais que é um pouco mais Leicester que Tottenham, principalmente pela ausência de pressão na saída de bola adversária, que ainda pode vir a ser observada em jogos futuros.

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